©️Victor Moriyama

Fundo SEMEAR

O que é: O Fundo Semear é uma microbolsa oferecida pelo Pulitzer Center, aplicada à projetos de educação, para financiar atividades que enriqueçam as perspectivas e os conhecimentos da comunidade universitária - especificamente estudantes e educadores - sobre os problemas, soluções e inovações relacionadas com o impacto das atividades humanas nas florestas tropicais e na crise climática. Nossa proposta é apoiar projetos que tenham como impacto final, inspirar mudanças de perspectivas, narrativas e ações na sociedade. Dessa forma, o principal objetivo da bolsa é criar audiências mais informadas e empáticas sobre as questões pouco divulgadas e debatidas da floresta tropical e das alterações climáticas. O fundo Semear foi lançado em 2022, na Indonésia. Em função do sucesso da iniciativa, ampliamos o escopo regional também para a Amazônia em 2023.

Em 2023 foram selecionados três projetos com o tema de florestas tropicais nos estados do Pará, Amazonas, Acre, e dois projetos com o tema Clima e Trabalho, que serão realizados na Bahia e Pernambuco. Os projetos selecionados utilizarão diversas técnicas de educação para fortalecer as discussões de temas complexos e importantes, com um público alvo bastante diverso, como professores quilombolas a produtores de cacau. Também. Leia mais em: https://pulitzercenter.org/fundo-semear-brasil-2023.

A perspectiva das marisqueiras sobre as mudanças climáticas: o caso da Ilha de Deus em Recife - capital da desigualdade social

Este projeto audiovisual tem como objetivo educar o público sobre as mudanças climáticas e seus efeitos na cidade do Recife, mais especificamente na região da Ilha de Deus, situada em um extenso manguezal urbano da cidade. O projeto destaca o papel das marisqueiras como agentes de mudança e sustentabilidade. As atividades propostas abordam temas cruciais ligados ao meio ambiente, saúde e trabalho, buscando informar e conscientizar.

EQUIPE: Janaina Vital de Albuquerque, Gilberto Gonçalves Rodrigues, Erivan Bezerra Andrade da Silva, José Eduardo Farias Lins, Tamires Rodrigues, Maria Eduarda Medeiros Leal, Luma Grasielle Ferreira Silva, Larissa Marques Costa.

Imagem: Janaina Vital de Albuquerque

A escola como formadora de pequenos ecologistas

Curso formativo para professores comunitários do município de Carauari, localizado no rio Juruá. O curso surgiu através de uma demanda local por inclusão nas atividades das escolas comunitárias do processo histórico de luta social por qualidade de vida e conservação na floresta que é travado pelos movimentos sociais no território há décadas. Por isso, o curso, construído de forma colaborativa com a secretaria municipal de educação de Carauari, professores comunitários e movimento social, tem como objetivo complementar a formação de professores, abordando atividades de conservação que ocorrem no território e explorando novas possibilidades de ferramentas didáticas, passando por tópicos ambientais fundamentais para a educação socioambiental nas comunidades e tendo como norte a Conservação de Base Comunitária.

EQUIPE: Clara de Carvalho Machado, Andressa Bárbara Scabin, Phamela Barbosa Coelho, Alessandra Moreira.

Imagem: Camila Duarte Ritter

Mudanças climáticas e impactos no trabalho dos agricultores de cacau

O objetivo do nosso projeto é estimular uma mudança de percepção sobre as atividades agrícolas do cacau em estudantes de ciências ambientais e de comunicação. Buscamos mudar paradigmas, construir conhecimento científico e informar adequadamente sobre o impacto ambiental negativo das atividades humanas nas lavouras de cacau nas áreas de mata atlântica e sua contribuição para a crise climática, principalmente, devido às emissões de gases de efeito estufa pela decomposição das cascas de cacau.

EQUIPE: Fábio Neves dos Santos, Monique Rached, Luiza Santos Gonçalves.

Imagem: Monique Rached

CADERNO CARTOGRÁFICO QUILOMBOLA: valores para uma educação afro-brasileira no ensino fundamental

O Caderno Cartográfico Quilombola é uma produção coletiva que busca dar conteúdos e forma a um material didático-pedagógico original e politizado para a educação escolar quilombola. A cartografia feita assim, de forma interativa, pode revelar e gerar muitas coisas. Quando realizada por meio do automapeamento, contribui para afirmar pertencimentos, identidades e coesões. Nessa cartografia realizada com muitas participações, reunindo os moradores das comunidades e estudantes universitários, muitos dos quais também quilombolas, não apenas os mapas são importantes. Os mapas mostram os cursos d’água, os marcos simbólicos das comunidades, os contornos dos territórios, suas redondezas, conflitos e ameaças, assim como os saberes ancestrais e as territorialidades que se apresentam como valores para uma educação afro-brasileira no ensino fundamental. Tudo isso conta muito para o objetivo que se pretende, mas igualmente relevante é o próprio processo e a identidade quilombola que ele afirma, especialmente entre crianças e adolescentes, o público ao qual o Caderno se destina.

EQUIPE: Rodrigo Corrêa D. Peixoto (Coordenador), Alzinei Silva, Ana Célia Guedes, Ana Léia Moraes, Anderson Mirindeua, Andrea Cardoso, Benjamim Kantner, Dayane Ribeiro, Hellen Rocha, John Kleber, Manoel Machado, Marta Giane, Ruth Cardoso, Silvana Jambuaçu.

Imagem: Rodrigo Peixoto

Diálogos (im)possíveis – vídeo-cartas entre jovens da Reserva Chico Mendes (Acre) e Grajaú (São Paulo - SP)

A ideia é, a partir da série "Vozes da Floresta, a aliança dos povos da floresta de Chico Mendes a nossos dias", produzida pelo proponente a partir de uma bolsa do Pulitzer Center, conduzir um debate com os jovens da Reserva Extrativista Chico Mendes e propor a produção de ao menos três mini-documentários dirigidos por eles próprios, refletindo suas visões da vida, trabalho e perspectivas na floresta. Em um segundo momento o proponente fará uma oficina semelhante em São Paulo, com estudantes locais, onde serão realizados vídeos sobre a visão que estudantes periféricos paulistanos possuem da floresta e das questões amazônicas. Em um terceiro momento, em parceria com a Universidade Emancipa (iniciativa que congrega universidades públicas com a Rede Emancipa de Educação Popular). faremos um mini-curso a partir dos vídeos desenvolvidos e da série, discutindo a questão da preservação Amazônica, onde os alunos da Resex no Acre e os alunos da periferia de São Paulo serão convidados a trocar experiências.

EQUIPE:

Thiago B. Mendonça – professor / Coordenador

Danilo Prisco – Educador - Rede Emancipa

Rede Emancipa - SP

Naiara do Rosário

Tiago Castro

Resex Chico Mendes - Acre

Ângela Mendes

Laiane Santos